segunda-feira, 4 de maio de 2015

A alma que acalma

Palavras, porque te escrevo
Sorriso nos teus lábios, vejo
Imensidão de amor
A tua pessoa almejo

Avistei o horizonte
Do preâmbulo gáudio
No arrepio, solene o momento
O inalar da vida enfrento.

O que é isto?
Que outrora nunca antes vislumbrado
Que outrora nunca antes tinha beijado

Luto para permanecer calmo...

Digo-te algo ao ouvido
Tu ouves... não penses
Apenas ouve... proibido

Ponderas tu?  Cedo?
Talvez, não sei

Não tive como não,
No teu rosto a minha mão
Passeia sem fim
Sedosa pele…
Turbilhão, turbilhão
Palpito de êxtase,
Estou sem saber o que fazer.

Harmonioso o cerrar do teu olhar
Levita ao beijar
O doce do teu ser
Que nada e tudo me faz entender
Na confusão calma… o envolver.

Não penso no que penso,
A teus braços pertenço
Agora e no agora seguinte
Nunca e no nunca seguinte

É tudo lento, perco a noção do tempo
O momento é o meu aposento
A tua face, o meu alento
O teu ombro ao relento
O teu pescoço em mim acorrento
O teu cheiro… desoriento

Sem fôlego fiquei
Olhaste-me nos olhos reflectidos
Viste que a pureza da candura emanei