sábado, 20 de dezembro de 2014

Aluado


Olhar meigo aluado
faz de conta que não vê
o homem fascinado
que pergunta o porquê?
O porquê de te desejar
a cada segundo que vivo.
O porquê da minha alma bafejar
o teu ser que cativo.

As tuas pequenas mãos
que anseio entrelaçar
emanam a pureza
de que és tu de certeza
com quem quero partilhar.

Não te procurei,
tu apareceste vinda,
do sonho não sonhado
do imaginar não imaginado.

Inquieto planeio,
mentalmente gorjeio
a melodia não antes melodiosa.

Lépido e intrépido foragido
na selva do toque,
passeio no pensamento,
no justo momento
que a vida fomento
o caos acalento.

Não procuro, não encontro
não observo, não analiso
olho... capto o assombro
do teu ser que interiorizo.

O teu rosto é pintado à mão
sem dar uma demão,
o retoque já foi feito
no surgir do toque escorreito.

Absorvo o aroma da tua candura
de tamanha inconsciência.
Conscientemente inconsciente
que transcede a ambivalência.
  
Continuo a caminhada
onde travo a batalha
iilimitada no tempo,
tu... a labareda espalha.

Extasiado exacerbo  o que sinto,
porque o que sinto é um exacerbação
de qualquer palavra que te possa dizer.

Fui! Fui! Fui!

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