sábado, 20 de dezembro de 2014

Aluado


Olhar meigo aluado
faz de conta que não vê
o homem fascinado
que pergunta o porquê?
O porquê de te desejar
a cada segundo que vivo.
O porquê da minha alma bafejar
o teu ser que cativo.

As tuas pequenas mãos
que anseio entrelaçar
emanam a pureza
de que és tu de certeza
com quem quero partilhar.

Não te procurei,
tu apareceste vinda,
do sonho não sonhado
do imaginar não imaginado.

Inquieto planeio,
mentalmente gorjeio
a melodia não antes melodiosa.

Lépido e intrépido foragido
na selva do toque,
passeio no pensamento,
no justo momento
que a vida fomento
o caos acalento.

Não procuro, não encontro
não observo, não analiso
olho... capto o assombro
do teu ser que interiorizo.

O teu rosto é pintado à mão
sem dar uma demão,
o retoque já foi feito
no surgir do toque escorreito.

Absorvo o aroma da tua candura
de tamanha inconsciência.
Conscientemente inconsciente
que transcede a ambivalência.
  
Continuo a caminhada
onde travo a batalha
iilimitada no tempo,
tu... a labareda espalha.

Extasiado exacerbo  o que sinto,
porque o que sinto é um exacerbação
de qualquer palavra que te possa dizer.

Fui! Fui! Fui!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

...!!!


As palavras desmanteladas
fazem as memórias deturpadas
da vida taciturna do ser sem ti!

Limito-me à redoma enfadonha
de ser quem sou!
Os versos escritos
que a mente apagou
revivem o viver
que outrora o pensamento
recusou esquecer.

Libertina a recordação
escapasse da minha mão.
Enquanto vou e venho,
a respiração sustenho,
é o momento em que o teu corpo desenho! 

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

O caminho Lúcido!!


O literático apático
do fanático sarcástico
do incrivelmente prático!!!
Visível a mente paisagística
que instiga o ser.
Deambulante flutuante
é o amanhecer pensante.

Trilho lúcido condoído
num foro não putativo.
Segue esse caminho foragido
á procura do imensurável,
dissociável do afável
visor vidrado inabdicável.

Não tomes a sofisma como coerência,
isso é um acto de indolência.
Apenas sê a tua própria referência
na brancura oxigenável  inapagável.

Será a criatura possuída pela candura
que enaltece o ritual praticado?
Ritual esse fascinado e embrenhado
pela  pessoa pura, tal qual a nomenclatura
do ser um todo com desafogo do não demagogo.

Vida desarrazoada, vitima da ideia da razão
manipulada pela multidão
ao ir de encontro ao suposto cerne da questão!
Voltada a amada realidade do surreal,
como é possível comparar a aparência
com vivência?